Ivey, Eowyn. A menina da neve/ Eowyn Ivey; tradução Paulo Polzonoff Junior. – Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2015.
Alasca, 1920: Um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem filhos, eles estão se afastando um do outro cada vez mais ele, no duro trabalho da fazenda, ela, se perdendo na solidão e no desespero. Em um dos raros momentos juntos durante a primeira nevasca da temporada, eles fazem uma criança de neve. Na manhã seguinte, ela simplesmente desaparece. Jack e Mabel avistam uma menina loira correndo por entre as árvores, mas a criança não é comum. Ela caça com uma raposa-vermelha ao lado e, de alguma forma, consegue sobreviver sozinha no rigoroso inverno do Alasca. Enquanto o casal se esforça para entendê-la uma criança que poderia ter saído das páginas de um conto de fadas , eles começam a amá-la como se ela fosse filha deles. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como aparentam ser, e o que aprendem sobre essa misteriosa menina vai transformar a vida de todos eles.
É um prazer falar sobre as primeiras impressões desse livro, que para minha pessoa, tornou-se tão encantador. A trama se passa no extremo frio do Alasca. Jack e Mabel formam um casal solitário, que por alguma infelicidade do destino, não consegue ter filhos. Essa impossibilidade fez de Mabel (principalmente) uma mulher amargurada. Em meio as dificuldades e traumas ela consegue promover um pouco de doçura através das maravilhosas tortas que assa no singelo forno da cabana que reside com o marido. Sei que muita coisa ainda está por vir, mas só de conhecer esse casal, já me sinto como uma raposinha dentro de um globo de neve ansiosa e festeira esperando por mais.