Um entra e sai, correria, um impetuoso vai e vem de pessoas, sapatos. Eu simplesmente sentada no banco da estação central observando todo aquele alvoroço agonizante. Parei. Foi somente essa atitude que tomei durante duas horas e nada mudou. Tive que parar porque era aquilo que ninguém estava fazendo, que ninguém pensaria em fazer no momento. Parei porque gosto de ser diferente, preciso da essência escondida daquilo que ninguém faz, gosta ou necessita. Sou diferente. Não ser igual é bom, mas também ruim, só que naquele instante não estava preocupada com nada daquilo, apenas desejava que a dor de cabeça infernal parasse de latejar e ferver meus miolos.