Mas, como sempre falo por aqui... parece que as informações chegam até a minha pessoa por algum motivo. O fato é que a série japonesa Aprendendo a Amar me fisgou bonitinho. E o que seria apenas um capítulo para matar curiosidade se tornou maratona. rsrs (Sim, porque dona Netflix não disponibilizou um trailer desse J-drama ¬¬’).

Então, me declaro culpada... sem culpa. Mas vamos lá...

O amor é o remédio ou a queda da humanidade

Todos os relacionamentos simbolizam crescimento. Não importa se durou apenas um mês ou uma vida inteira. Mas, quando nos encantamos por outra pessoa geralmente estamos conectados apenas na parte boa. O que faz os desafios aparecerem depois.

Agora, imagina um relacionamento que começa na contramão, não somente dos padrões da sociedade, mas das éticas profissionais que você precisa seguir, indo até mesmo além dos limites do que o seu próprio coração poderia esperar.  

Os maiores desafios da vida parecem surgir inesperadamente

Quem diria a nossa personagem principal Ogawa (Fumino Kimura) que esperava apenas resolver um problema de indisciplina escolar de uma de suas alunas e acabou cruzando sua vida com alguém totalmente inesperado... Kaoru (Maito Raul Murakami).

Um jovem totalmente fora do padrão social que trabalha como acompanhante em um Host Club do distrito de Kabukichō.  No Japão, essa região é considerada o mais famoso conglomerado da luz vermelha de Tóquio.

Agora imagina uma professora de escola religiosa, toda recatada e do lar em um lugar desses para resolver pepinos de uma de suas alunas adolescentes desmioladas?

Acho que por essa nem Ogawa esperava. Ela só tinha que conseguir um termo por escrito do rapaz prometendo nunca mais se aproximar de sua jovem aluna, mas ele não sabia escrever nem mesmo o próprio nome. E como fica isso para uma mente de uma professora? Um adulto que não sabe escrever? É pesado... ainda mais no Japão.

Aqui é possível entender aspectos muito interessantes da cultura japonesa e sentimentos. O que era apenas uma conexão indesejável acabou despertando muitos gatilhos no próprio ego da professora. Isso porque ela não era bem vista pelas alunas do colégio que trabalhava e sofria bullying constantemente.

Já por Kaoru, ela era vista como uma pessoa inteligente, culta e muito profissional. Então, o cérebro dela só sabia pensar em... quero mais do que esse homem me entrega e para já! Rsrs

Isso tudo, claro, a fazia se sentir extremamente importante e valorizada. E ninguém o mais a achava assim. Sua vida como professora não era das melhores. Em casa, mesmo tendo seus 34 anos, era podada pela educação e ambiente super protetor dos pais. Por falar nisso, que padrão essa mulher quebrou, hein? Refletiu em todo ciclo tóxico familiar da sua ancestralidade (Vocês vão entender quando assistirem ao final,rs)

Kaoru simbolizava o quebrar das correntes emocionais que há tempos ela tentava, mas não conseguia se livrar. Era como tacar fogo no pequeno mundo interior controlado e finalmente poder quebrar as regras.

Já Kaoru, era tratado apenas como um moço desprovido de inteligência com rostinho bonito que por algum motivo fazia enorme sucesso entre as mulheres. Mas, quem realmente era esse jovem por trás da personagem que criou para tentar enfrentar uma vida cheia de dificuldades?

Quando Ogawa mostrou sua solidariedade, paciência e persistência para o ajudar a aprender a escrever... suas próprias barreiras de resistência desmoronaram. E isso nos faz refletir sobre muitas questões porque talvez seja exatamente onde ai que um amor significativo surja... na rejeição de tudo e todos.

Quantos episódios tem Aprendendo a amar?

A série japonesa Aprendendo a Amar (Ai no Gakkō Netflix) conta com 10 episódios e cada parte possui aproximadamente 45 minutos. E por serem tão curtinho, era realmente uma tentação para minha mente desejar maratonar.

Sem contar que a cena e seqüela desse J-drama é muito bem estruturada, se tornando uma das produções asiáticas de romance que mais curti acompanhar.

Não é de hoje que romances impossíveis nos prendem, né? Olha ai o grande sucesso de Romeu e Julieta,escrito em 1951 por Shakespeare e que ainda atiça a mente do humano até hoje. Então, nem preciso dizer mais nada.

Esse J-drama trás personagens secundárias interessantes, mas realmente a minha atenção ficou totalmente para Ogawa e Kaoru. Não porque eu somente torcia para essa paixão inesperada dar certo, mas porque eu desejava ver principalmente o crescimento pessoal de cada um.

E isso me chama muita atenção porque reflete totalmente no meu trabalho energético e emocional. Desde que comecei esses projetos, fiquei fascinada em observar comportamento humano. Então, a normalidade não me é interessante, mas sim a quebra de padrão.

Esses dois ganham em disparada nisso. Rsrs Deveria ser simples seguir o coração e ser feliz, mas essa atitude é bem difícil em casos que rompem os padrões de aceitação sociais. Quando você é julgado e mal visto. Mas aqui recebemos uma reflexão interessante.

Porque quem Kaoru mostrava ser ou o ambiente em que estava inserido não necessariamente representava quem ele realmente era em essência. Essa mesma observação serve para a professora Ogawa. 

O jovem tinha dificuldade em ler e escrever por causa da dislexia, mas era visto como um simples ignorante sem futuro por uma sociedade que exalta prodígios se esquecendo que todos merecem auxilio, entendimento e carinho.

Qual a mensagem espiritual do drama Aprendendo a Amar ?

A hipocrisia humana talvez seja o principal impedimento da verdadeira felicidade que muitos buscam. Enquanto você não consegue se desprender das amarras sociais e o julgamento de terceiros você continua refém e prisioneiro de aspectos pré formatados. E ninguém consegue ser feliz anulando a si mesmo.

Observar a superação e o enfrentamento de um jovem sem apoio e cheio de dificuldades é sensacional. Por outro lado, ver uma mulher aceitando seus sentimentos e buscando a sua própria liberdade fora de normas rígidas sufocantes é igualmente empolgante.

Esse J-drama, apesar de ser uma ficção, me fez perceber questões sobre eu mesmo. Me fez ter certeza que o caminho de ajuste humano se dá pelo entendimento de cada ser em sua essência individual.

Isso me faz desejar avançar ainda mais nas minhas pesquisas sobre autocura, relações humanas e emoções. O sistema límbico do ser humano é como uma caixa preta. Pode parecer fácil identificar padrões, mas como ele se apresenta e representa no cotidiano é outra história.

Isso porque nossa essência pede presença, liberdade e crescimento. Não formas ou moldes. Cada pessoa vê o mundo de acordo com a sua própria experiência pessoal. Se você aprender a ajustar isso, ninguém te segura.

E o que você está esperando para quebrar padrões e ciclos repetitivos? Eu sei que não é fácil. Tento dar uma martelada todos os dias em uma crença limitante diferente. Tente você também...

Trilha Sonora Aprendendo a Amar Ai no Gakkō ( The School for Love)

Eu amei a trilha sonora de Aprendendo a Amar. Como sou uma pessoa extremamente musical, sempre busco como doida as músicas que compõem os dramas, mas nem sempre é fácil de encontrar... principalmente de produções asiáticas menos populares.

Então, aproveitem para ouvir as músicas que encontrei no Youtube.

1- My Castle feat. 青木カレン

2-レイニ - Spiral feat. Yura

Por hoje é isso! Espero que tenham gostado... Beijos, Beijos!👄